segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A escolha do aeroporto de Moscovo

Fazendo uma pesquisa pelos vários aeroportos que servem a cidade de Moscovo encontramos variações nos preços das passagens aéreas! Dos quatro aeroportos existentes, apenas dois são apresentados como destino possível (pelo menos para a data testada 5 de Setembro de 2008).
Assim, e fazendo um pequeno 'exercício prático' encontrámos os seguintes resultados:

  • Domodedovo (Iberia - via Madrid) - € 335,06
  • Sheremetyevo (Alitalia - via Milão) - € 224,01

Estes valores mantêm-se durante toda a semana de 1 a 7 de Setembro de 2008, com excepção do vôo da Alitalia que não se efectua no domingo (dia 7).

Já os vôos de Pequim são mais variáveis... € 493,68 (Hainan Airlines/TAP - via Bruxelas), para o dia 23 de Setembro de 2008!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Aqui mesmo ao lado...

É verdade
Basta ir aqui ao lado, à nossa vizinha Espanha para apanhar um avião da Iberia, de Lisboa para Moscovo, com paragem na capital espanhola, por apenas 335 euros!

Ou arriscar um lowcost de Lisboa até Madrid (eDreams) por apenas 26,99 euros e um vôo da Air Baltic para Moscovo por 150,75 euros! Total... 177,75 euros!

Qulaquer dia pagam-nos para andarmos de avião!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mais uma aquisição para a biblioteca...

Encontrei este pequeno achado (mesmo no tamanho... LOL) numa livraria para 'viajantes' no meio da Rue St Denis, em Montréal!

Em pouco mais de 70 páginas, Dan Colwell e Martin Gostelow, apresentam um pequeno guia para quem se propõe fazer o Transiberiano, e em particular, o percurso que liga Moscovo a Pequim.

Desde quelques mots en russe/quelques mots en chinois, o guia descreve esta viagem como un périple épique, conta um pouco da história do trajecto em scènes du passé e dá informações importantes sobre os pontos principais no capítulo Sul les rails e Pékin. Apresenta ainda uma parte dedicada às compras (Achats), onde comer (A table) e outras informações práticas (Le côté pratique) como o clima, a bagagem a levar, etc. E termina com dois mapas do centro de Moscovo e Pequim!

Lá vou ter que treinar o meu francês para ler as sugestões e dicas que os autores apresentam!

Tous en voiture! Ne vous attardez pas sur le quai... le train va partir!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Proposta de percurso - parte I

Uma das mais importantes decisões para esta viagem será o percurso que se pretende efectuar.
Sabemos que o ponto de partida será a cidade de Moscovo e que o destino final é Pequim. Pelo meio existem inúmeras opções, cada uma a pedir para ser escolhida, pelas mais diversas e diversificadas razões...

Portanto, há que partir de um percurso-base e começar a limar arestas, ajustar horários, fazer opções, até chegar a uma versão final, mas não definitiva! Se há algo que este tipo de viagens deve ter é flexibilidade!

Aqui fica a primeira proposta...

Lisboa - Londres - Moscovo - 1d
(ver alternativas a Londres, como por exemplo Copenhaga)

Moscovo - Novosibirsk - 2d6h11m
(3 dias em Moscovo)

Novosibirsk - Irkutsk - 1d7h31m
(2 dias em Novosibirsk)

Irkutsk - Lago Baikal (Ilha Olkhon) - 8h
(3 dias em Olkhon)

Irkutsk - Ulan Bataar - 1d14h53m
(1 dia em Irkutsk)

Ulan Bataar - Pequim - 6h26m
(2 dias em Ulan Bataar)

Pequim - regresso a casa - 1d
(3 dias em Pequim)

Fazendo uns cálculos muito rápidos e somando as durações das viagens (avião+comboio) com os dias de estadia nos diversos pontos de paragem temos um total de 22 dias de viagem desde que saimos de Lisboa até regressarmos novamente.

E pronto, venham de lá esses comentários, sugestões e críticas!

Собор Василия Блаженного (Catedral de São Basílio)

Pertencente a Igreja Ortodoxa Russa, a catedral teve sua construção ordenada pelo Czar Ivan o Terrível para comemorar a conquista do Cantão de Kazan, e realizou entre 1555 à 1561, depois da construção ser terminada, mandou arrancar os olhos do arquiteto para que não pudesse construir outra coisa igual. Em 1588 o Czar Fiodor Ivanovich ordenou que agregara-se uma nova capela no lado este da construção, sobre a tumba de São Basílio o Bendito, santo pelo qual foi chamada popularmente a catedral.

São Basílio se encontra no extremo sudeste da Praça Vermelha, justamente na frente da Torre Spasskaya de Kremlin. Sendo não muito grande particularmente, consiste em 9 pequenas capelas construídas.

Num jardim em frente à igreja existe uma estátua de bronze, erguida em honra a Dmitry Pozharsky e Kuzma Minin, que reuniram voluntários para o exército que lutou contra os invasores polacos durante o período conhecido como Tempos de Dificuldades.

O conceito inicial era construir um grupo de capelas, cada uma dedicada a cada um dos santos em cujo o dia o Czar ganhou uma batalha, mas a construção de uma torre central unifica estes espaços em uma só catedral. A lenda fala que o Czar Ivan deixou cego o arquitecto Postnik Yakovlev, para evitar que construísse uma construção mais magnífica para alguém mais.

A Catedral de São Basílio não deve ser confundida com o Kremlin de Moscovo que está situado na Praça Vermelha, mesmo local onde a Catedral de São Basílio está situada.

O centro do poder russo...

Em 1156, Yuri Dolgoruky, o fundador de Moscovo, ordena a construção de uma paliçada no pinhal do monte Borovitsky (do russo bor, que significa pinheiro). Para protecção adicional, foi construído um fosso à sua volta. Nos anos que se seguiram foi sendo sucessivamente alargado e um segundo fosso foi construído.


Em 1339, são construídas paredes e as primeiras torres do Kremlin. Em 1367 Dmitry Donskoi reconstrui o Kremlin em pedra calcária, o que deu a Moscovo o nome de cidade branca. Este Kremlin era quase tão grande quanto o actual. Durante o governo de Ivan III, em 1495, são construídos os muros e torres actuais e muitas das igrejas e palácios. Ivan III manda também construir uma praça em frente do Kremlin, hoje chamada Praça Vermelha, para evitar que os inimigos se pudessem aproximar da fortaleza sem serem vistos. No século XVII as torres foram ornamentadas com as cúpulas actuais.

A muralha do Kremlin contém 20 torres, das quais a principal é a Torre do Salvador (ou Torre Spasskaya). Continuando no sentido dos ponteiros do relógio, seguem-se as torres do Senado, São Nicolau, Arsenal do Canto, Arsenal do Meio, Trindade, Comandante, Armaria, Borovitskaya, Água, Anunciação, Segredo, duas torres sem nome, Beklemishev, São Constantino e Santa Helena, Alarme e finalmente a Torre do Czar. Em frente à Torre da Trindade, no exterior do Kremlin, situa-se ainda a Torre Kutafya.

No interior do Kremlin situam-se vários palácios e igrejas. Os mais importantes são:

  • Palácio do Congressos - construído entre 1961;
  • Palácio do Grande Kremlin - construído entre 1839 e 1849 como residência dos imperadores russos;
  • Igreja da Deposição do Robe - construída entre 1484 e 1488, contém várias pinturas de estilo russo;
  • Catedral da Assunção - construída entre 1475 e 1479 pelo arquitecto Aristotle Fioravante, era a catedral do estado da Rússia; é uma combinação entre o estilo russo e o estilo renascentista italiano;
  • Igreja de Ivan, o Grande - construída entre 1505 e 1508 pelo arquitecto Bon Fryazin, tem um sino de 200 toneladas; em 1600, a torre é elevada até uma altura de 81 metros;
  • Catedral da Anunciação - construída entre 1484 e 1489, era a catedral privada dos czares;
  • Catedral do Arcanjo - construída entre 1505 e 1508, estão aqui enterrados vários príncipes e czares.

Moscovo e o Teatro Bolshoi

Este é o primeiro post com informação mais detalhada sobre alguns dos pontos de passagem previsto durante a realização da viagem no Transiberiano. E como não poderia deixar de ser, nada como começar pelo princípio, ou seja, a cidade de Moscovo.

De uma lista enorme de monumentos e edifícios magníficos que se podem visitar em Moscovo, existem três que merecem especial atenção: a Praça Vermelha, onde se encontra o Kremlin, a Catedral de São Basílio e a Universidade de Lomonov, e o não menos famoso Teatro de Bolshoi, onde se encontra sediada a orquestra de Bolshoi, e a companhia nacional de bailado e de ópera com o mesmo nome.

Teatro Bolshoi

O nome Bolshoi em russo significa "grande". É reconhecido como uma das melhores companhias de ballet e ópera do mundo. A companhia foi fundada em 1776 pelo príncipe Peter Urussov e Michael Maddox.

A Orquestra do Teatro Bolshoi é a mais antiga da Rússia e uma das maiores do mundo. Segundo um decreto de Catarina II, a orquestra da ópera compunha-se de 35 músicos. A Imperatriz acrescentou a seguinte emenda ao seu decreto: ''Juntar-se-ão, se necessário, músicos da Orquestra do Ballet'', esta constava de 41 elementos.

Depois de três anos num recinto privado, o Teatro Petrovsky adquiriu-o. Em 1805, um incêndio destruiu o edifício.


Embora não esteja prevista uma ida ao teatro durante a estadia em Moscovo, vale sempre a pena uma visita ao edifício para as fotos da praxe!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ACP promove viagem no Transiberiano

Até o ACP já organiza viagens no Transiberiano!
Na revista deste mês o ACP propõe uma viagem entre Moscovo e Pequim, a bordo do Transiberiano, com paragens em Kasan, Jekaterinburg, Novosibirsk, Irkutsk, Port Baikal, Ulaan Ude e Ulan Baatar.

Acho que vou pedir informações... sempre é mais uma ajuda no planeamento do projecto! ;-)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Chegou finalmente...

Já estava a começar a desesperar pelo Lonely Planet Trans-Siberian Railway que nunca mais chegava! Deve ter vindo de longe (possivelmente da Sibéria) para demorar tanto tempo.

O estado de conservação é excelente considerando que é usado! Apenas um canto meio 'empenado' (que podia ser perfeitamente do transporte), mas praticamente imaculado, não tem quaisquer vestígios de ter sido aberto, ou quem o leu deve ter tido muito cuidado para não o abrir mais do que uns míseros 30 graus... de ficar de olhos em bico!

Já está rubricado... e passou, desde hoje, a fazer oficialmente parte da biblioteca do Projecto Train Nr. 4 Moscow-Beijing.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Uma viagem pela Sibéria

Uma bela sequência de imagens da Sibéria para despertar o desejo de querer ir mais além...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Nova aquisição literária

Hoje fui às compras na net!
Não, ainda não foram as passagens aéreas, é demasiado cedo para tal!

Adquiri apenas mais um livro, outro guia para me ajudar no planeamento da viagem, este escrito pela dupla Mark Elliot e Robert Reid e editado pela conhecida Lonely Planet, o Trans-Siberian Railway.

Optei novamente pela Amazone
(da Alemanha... é em euros e os portes são mais baratos do que encomendar do Reino Unido), e por um livro em segunda-mão, mas referido como novo! Será que nunca foi aberto ou apenas leram as primeiras páginas? Pelo menos ficou por metade do preço, apenas 9,69 euros (€12,69 já com os portes).

As melhores ofertas...

A LOT e a SAS são as duas companhias que apresentaram os valores mais baixos de passagens entre Londres e Moscovo, a um preço módico de 231,70 e 303,91 euros; e a Qatar e a China Eastern, de Pequim para Londres por 494,17 e 611,42 euros, respectivamente! Isto à data de hoje (1 de Outubro de 2007) e para vôos para daqui a um ano (2 de Outubro de 2008).

Ou seja, caso não haja nenhuma crise no petróleo ou novos atentados terroristas nestes próximos tempos, o cenário não parece nada mal!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A minha 'bíblia' do Transiberiano

Tudo começou com a coincidência de um sonho e da leitura de uma revista de bordo sobre o Transiberiano. O Rui Buzaco tinha sonhado que me explicava nesse sonho o percurso da viagem e eu tinha acabado de chegar da Suécia e tinha lido um artigo sobre a travessia da Sibéria no Trans-siberian... logo ali ficou decidido que esta era uma experiência que tinhamos que fazer. Nesse mesmo dia comecei a pesquisar na net sobre o assunto...

Entretanto, o Rui tinha referido um livro que era quase como uma 'bíblia' do percurso. Escrito por Bryn Thomas, um filho de África (Zimbabwe) e eterno viajante, o Trans-siberian Handbook, publicado pela TrailBlazer (a sua própria editora de guias para eternos viajantes), é, de facto, uma leitura obrigatória para quem se quer aventurar nesta travessia.

Comprei-o através da Amazone em 2006 e vou já na segunda leitura! É claro que não o li de 'fio a pavio', mas foi quase! É na realidade uma compilação de várias viagens feitas pelo autor e por outros tantos viajantes, que ao longo destas seis edições foram contribuindo com dicas e sugestões a partir da vivência in loco.

Um 'must' para se ler antes, durante e depois...

Redescobrir caminhos velhos...

O título deste post não podia estar mais adequado à situação!
Primeiro, este caminho surge em 1891, com a construção do troço inicial, a linha Ussuri, que ligava Vladiostok a Khabarovsk. Segundo, este blog já existiu mas 'morreu' e renasce agora tal Fénix erguendo-se das cinzas (ou será da fuligem?).

Portanto, duplamente velho mas sempre pronto para ser redescoberto...

Inicialmente serão relatos (possivelmente muito espaçados no tempo) de um projecto a realizar dentro de um ano (Setembro/Outubro de 2008). Depois acabará por tomar a forma de um diário dessa mesma viagem planeada.

Será um ano de pesquisa, de consulta de mapas, blogs, guias de viagem e de muita leitura de outros tantos livros relacionados com o tema como o Dr. Jivago ou o Guerra e Paz (talvez guarde o último para a viagem!). Para já a vontade de ir mais além é grande, e a perspectiva de percorrer 7661 Km é bastante aliciante e desafiadora.